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Transferência de Conhecimento

  • Foto do escritor: Anderson Barbosa
    Anderson Barbosa
  • 27 de mai.
  • 6 min de leitura

A Transferência de Conhecimento como Impulso à Competitividade Econômica


O World Competitiveness Yearbook (WCY) do IMD, por meio do indicador 3.2.5, avalia o nível de desenvolvimento da transferência de conhecimento entre empresas e universidades. Essa transferência é um catalisador fundamental para a inovação e, consequentemente, para a competitividade de uma economia.


Sem a transferência de conhecimento, a pesquisa acadêmica permanece confinada aos muros da universidade, sem gerar aplicações práticas no mundo real e, portanto, sem criar valor econômico e social. A capacidade de transformar descobertas científicas em produtos, serviços e processos inovadores é essencial para o crescimento e desenvolvimento de um país.


A transferência de conhecimento pode ocorrer de diversas formas, com diferentes estruturas e níveis de formalidade. No entanto, um ponto em comum é que ela raramente surge de forma espontânea. É necessário um esforço ativo e coordenado para promover e nutrir essa interação entre a academia e o setor privado.


Um exemplo eficaz é o incentivo ao empreendedorismo acadêmico, que pode ser impulsionado por meio de incubadoras e empresas juniores:


  • As incubadoras oferecem um ambiente estruturado com treinamento em gestão de negócios, acesso a recursos universitários, financiamento inicial, apoio na solicitação de patentes e a criação de alianças estratégicas com empresas.

  • As empresas juniores, com forte presença e qualidade na Europa, representam outra via importante para a transferência de conhecimento, oferecendo serviços de consultoria e desenvolvimento de projetos realizados por estudantes, sob a supervisão de professores e com o objetivo de aplicar o conhecimento acadêmico em desafios reais do mercado.


Ambas as abordagens, incubadoras e empresas juniores, desempenham um papel crucial na conexão entre a academia e o setor produtivo, fomentando a inovação e o desenvolvimento econômico.


Nesse contexto, segundo dados e análise do IMD a Suíça se destaca como líder, impulsionada pelos fortes laços entre suas renomadas universidades técnicas e a indústria, pelo apoio de agências e pela facilidade de iniciar um negócio. No entanto, a Suíça, como muitas economias europeias, enfrenta desafios no acesso a capital de risco e outras formas de financiamento inicial.


Ainda, segundo dados e análise do IMD os Estados Unidos, por outro lado, possuem o mercado de capital de risco mais desenvolvido do mundo, mas a relação entre universidades e empresas tende a ser mais transacional, com menor foco em parcerias de longo prazo e em projetos de pesquisa colaborativa.

 


Fonte: IMD World Competitiveness Center (2024)
Fonte: IMD World Competitiveness Center (2024)



 

Em resumo, a transferência de conhecimento é fundamental para:


  • Transformar pesquisa acadêmica em inovação aplicada.

  • Aumentar a competitividade das empresas e da economia como um todo.

  • Gerar valor econômico e social a partir do conhecimento produzido nas universidades.

  • Criar um ecossistema de inovação dinâmico e colaborativo.


 


Análise da Transferência de Conhecimento em Portugal


Analisando o relatório do IMD 2024 - Portugal, a posição de Portugal no quesito "Transferência de Conhecimento" (48º lugar entre 67 economias) revela um desafio significativo para a competitividade do país. Este resultado sugere que, apesar dos esforços, a conexão entre a academia e o setor privado em Portugal ainda não está otimizada, impactando a capacidade de transformar pesquisa e desenvolvimento (P&D) em inovação aplicada e valor econômico.




Fonte: IMD World Competitiveness Center (2024)
Fonte: IMD World Competitiveness Center (2024)


Causas Possíveis


  • Baixa integração entre universidades e empresas: A posição no ranking indica que a colaboração entre instituições de ensino superior e o setor produtivo pode ser limitada. Isso pode ser resultado de barreiras culturais, falta de incentivos adequados ou dificuldades burocráticas que dificultam a criação de projetos conjuntos e a transferência de tecnologias e conhecimento.

  • Falta de mecanismos de apoio: A ausência de estruturas e programas de apoio eficazes para a transferência de conhecimento pode ser um obstáculo. Isso inclui a falta de incubadoras e aceleradoras com foco em projetos acadêmicos, dificuldades no acesso a financiamento para startups universitárias e a falta de incentivos fiscais para empresas que investem em P&D em parceria com universidades.

  • Burocracia e regulamentação: Processos burocráticos complexos e regulamentação excessiva podem dificultar a criação de empresas spin-off a partir de universidades e a proteção de propriedade intelectual, desincentivando a comercialização de resultados de pesquisa.

  • Foco limitado em áreas estratégicas: A transferência de conhecimento pode não estar alinhada com as prioridades estratégicas do país, resultando em investimentos dispersos e falta de foco em áreas com maior potencial de impacto econômico.



Recomendações

Com base no relatório do IMD 2024 - Portugal, é crucial que as empresas portuguesas assumam um papel proativo na promoção da transferência de conhecimento da academia para o setor produtivo.

As seguintes recomendações visam orientar as empresas quanto  a alternativas para impulsionarem a inovação e aumentar sua competitividade por meio de parcerias estratégicas com universidades e centros de pesquisa:



Fortalecer a colaboração universidade-empresa:


  • Incentivar a criação de projetos de pesquisa conjuntos entre universidades e empresas, oferecendo financiamento e apoio técnico.

  • Promover a mobilidade de pesquisadores entre a academia e o setor privado, facilitando o intercâmbio de conhecimento e experiência.

  • Criar plataformas de encontro e networking entre universidades e empresas, para identificar oportunidades de colaboração e parcerias estratégicas.



Investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Colaborativa:

  • Parcerias Estratégicas: Estabelecer parcerias de longo prazo com universidades e centros de pesquisa, definindo áreas de interesse mútuo e investindo em projetos de P&D colaborativos.

  • Financiamento Direto: Destinar uma parcela do orçamento para financiar projetos de pesquisa em universidades, com foco em áreas relevantes para seus negócios e para a economia portuguesa.

  • Cátedras Empresariais: Criar cátedras empresariais em universidades, financiando a pesquisa e o ensino em áreas específicas, e garantindo o alinhamento com as necessidades do mercado.



Parcerias Estratégicas com Incubadoras:

  • Mentoria e Aconselhamento: Empresas estabelecidas podem oferecer mentoria e aconselhamento estratégico para startups incubadas, compartilhando conhecimento e experiência em áreas como gestão, marketing, vendas e finanças.

  • Acesso a Recursos: Empresas podem fornecer acesso a recursos como espaço de escritório, equipamentos, software e redes de contato para startups incubadas, acelerando seu desenvolvimento e crescimento.

  • Investimento em Startups: Empresas podem investir em startups incubadas, seja por meio de capital de risco, empréstimos ou outras formas de financiamento, impulsionando a inovação e a criação de novos negócios.

  • Programas de Aceleração: Empresas podem criar programas de aceleração para startups incubadas, oferecendo treinamento intensivo, mentoria e acesso a investidores, acelerando seu crescimento e preparando-as para o mercado.



Colaboração com Empresas Juniores:

  • Projetos de Consultoria: Empresas podem contratar empresas juniores para realizar projetos de consultoria em áreas como marketing, finanças, recursos humanos e tecnologia, obtendo soluções inovadoras e acessíveis.

  • Desenvolvimento de Software e Aplicativos: Empresas podem contratar empresas juniores para desenvolver software, aplicativos e outras soluções tecnológicas, aproveitando o talento e a criatividade dos estudantes.

  • Pesquisa de Mercado: Empresas podem contratar empresas juniores para realizar pesquisas de mercado, obtendo informações valiosas sobre o comportamento do consumidor, as tendências do mercado e a concorrência.

  • Recrutamento de Talentos: Empresas podem utilizar as empresas juniores como um canal de recrutamento de talentos, identificando e contratando estudantes com potencial para se tornarem futuros líderes e inovadores.



Promover a Mobilidade de Talentos:

  • Estágios e Programas de Trainee: Oferecer estágios e programas de trainee para estudantes e recém-formados em áreas de interesse, proporcionando experiência prática e a oportunidade de aplicar o conhecimento acadêmico em um ambiente empresarial.

  • Intercâmbio de Pesquisadores: Facilitar o intercâmbio de pesquisadores entre empresas e universidades, promovendo a troca de conhecimento e experiência.

  • Consultoria Especializada: Contratar consultores com experiência acadêmica para auxiliar na resolução de problemas técnicos e na implementação de novas tecnologias.



Incentivar a Inovação Aberta:

  • Desafios de Inovação: Lançar desafios de inovação para a comunidade acadêmica, buscando soluções criativas para problemas específicos enfrentados pelas empresas.

  • Plataformas de Colaboração: Participar de plataformas de colaboração online, conectando-se com pesquisadores e empresas para trocar ideias e desenvolver projetos conjuntos.

  • Hackathons e Competições: Organizar Hackathons e competições para estimular a criatividade e a inovação, envolvendo estudantes, pesquisadores e profissionais do setor.



Apoiar a Propriedade Intelectual:

  • Patentes: Incentivar a proteção de propriedade intelectual, registrando patentes para tecnologias desenvolvidas em parceria com universidades.

  • Acordos de Confidencialidade: Celebrar acordos de confidencialidade com universidades e pesquisadores, protegendo informações confidenciais e garantindo a segurança dos projetos de P&D.

  • Gestão da Propriedade Intelectual: Desenvolver uma estratégia de gestão da propriedade intelectual, definindo políticas e procedimentos para proteger e comercializar tecnologias inovadoras.





Resumo das recomendações:

  • Investir em P&D colaborativa com universidades.

  • Estabelecer parcerias estratégicas com incubadoras, oferecendo mentoria, recursos e investimento.

  • Colaborar com empresas juniores, contratando serviços de consultoria e desenvolvimento de projetos.

  • Promover a mobilidade de talentos entre empresas e universidades.

  • Incentivar a inovação aberta, buscando soluções na comunidade acadêmica.

  • Apoiar a proteção e gestão da propriedade intelectual.

  • Aproveitar os incentivos fiscais e financeiros oferecidos pelo governo para apoiar o empreendedorismo e a inovação.

 




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